Dr. Alípio Lustosa

Por Ítalo Lustosa Roriz e Maria Auxiliadora Lustosa Coelho (Dodora)

Alípio Lustosa de Carvalho foi o segundo filho do casal Licínio Lustosa de Carvalho Pires e Tercina Roriz de Carvalho Pires, nascido em Belém do São Francisco - sertão pernambucano - em 24 de outubro de 1916. Foi educador, poeta, jurista, político e filantropo. Um verdadeiro sertanejo visionário e vanguardista, incansavelmente inconformado com o analfabetismo e com as desigualdades socioculturais enfrentadas pelos nordestinos, mormente, pelos sertanejos.

Foi um dos mais ilustres filhos da pequena, encantadora e majestosa Belém do São Francisco.

Dr. Alípio - como era popularmente (re)conhecido - destacou-se nas diversas áreas de atuação nas quais ousou ingressar, tais como: Educação, Literatura, Cultura, Política, Direito, Religião.

Casou-se com a professora Maria de Lourdes Lustosa Coelho, com quem compartilhou, não apenas a sua vida conjugal, mas, sobretudo, o seu grande ideal: promover a educação nas terras sertanejas. Dona De Lourdes participou ativamente das ações educacionais propostas e idealizadas pelo seu eterno companheiro, e foi professora, diretora, membro Imprescindível na cruzada pela educação como o grande caminho para o desenvolvimento socioeconômico e cultural de uma sociedade.

Ao longo da sua formação acadêmica, Dr. Alípio cursou o ensino primário, ainda em Belém do São Francisco, mas, aos 14 anos, mudou-se para o Recife a fim de cursar o ensino secundário, tendo concluído essa etapa no Rio de Janeiro, em 1933.

Posteriormente, em 1937, formou-se em odontologia, na Universidade do Brasil (RJ). Após essa formação superior, retornou à sua terra natal, para clinicar, atendendo também no interior do Estado do Piauí.

Em 1943, transferiu-se para Teresina-PI, onde foi professor da Escola Normal do Estado e do Colégio Estadual. Ainda em Teresina, ingressou no curso de Direito, mas transferiu-se para Recife-PE, concluindo o bacharelado pela Faculdade de Direito do Recife-FDR da Universidade Federal de Pernambuco, em 1949.

Como possuía grande habilidade com línguas, conseguiu habilitação em língua portuguesa pela CADES-Recife, e foi autodidata nas línguas inglesa, francesa e espanhola.

A biografia do Dr. Alípio Lustosa parte da premissa de que a educação seria o maior instrumento de libertação de um indivíduo, em diferentes perspectivas, tanto de ordem intelectual quanto de ordem socioeconômica e imaterial. Assim, a história esculpida por esse sertanejo é resultado da conjugação de diversas virtudes, que fazem ressaltar a sua grande capacidade de liderar, criar, manter e transmitir uma sinergia desenvolvimentista e de formar adeptos, igualmente vocacionados e dispostos, desprendidos de vaidades e capazes de endossar os ideais pedagógicos de disseminação e democratização do ensino de qualidade.

EDUCAÇÃO

Irresignado pela necessidade de se distanciar do seu torrão para que pudesse obter educação de qualidade e formação em nível superior, desde sempre sonhou com os ideais de equidade e isonomia. Assim, lutou pela interiorização e democratização da educação de qualidade para que os sertanejos tivessem a garantia de iguais oportunidades.

Numa trajetória vocacionada e direcionada para ajudar o próximo, Dr. Alípio norteou a sua vida em diversos seguimentos que possuíam um ponto em comum: a Educação.

Dessa forma, construiu, em Belém do São Francisco, diversas obras que resultaram num legado inigualável e inesquecível, tornando-o Patriarca da Educação belemita e sertaneja.

Foi professor, idealizador e membro fundador da Escola Normal Rural Nossa Senhora do Patrocínio; da Faculdade de Formação de Professores (atualmente ABCDE/CESVASF); do Ginásio Menino Deus; da Escola Profissional para Adultos; da Sociedade Amigos da Instrução do Jatinã-SAIJ (atualmente mantenedora da FACESF).

Dr. Alípio atuou como professor em diversas áreas do conhecimento e lecionou diversas disciplinas, tais como: filosofia, biologia, história do Brasil, português, inglês, psicologia, sociologia, geografia, Organização Social e Política do Brasil-OSPB, Estudos de Problemas Brasileiros-EPB.

Em 1971, o prof. Dr. Alípio Lustosa de Carvalho reuniu professores e autoridades belemitas para estruturar e articular a criação de uma faculdade em sua terra natal, pretendendo interiorizar o ensino superior e formar novos professores com o escopo de disseminar a educação para que os sertanejos não mais precisassem deixar suas origens em busca de melhores oportunidades.

Assim, a Sociedade Amigos da Instrução de Jatinã – SAIJ, através do próprio Dr. Alípio (presidente), disponibilizou as instalações e o prédio da antiga Escola Normal Nossa Senhora do Patrocínio (hoje Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco - FACESF), para funcionamento da faculdade que estava em processo de criação (CESVASF).

Com a idealização e articulação de Dr. Alípio, auxiliado por diversos belemitas engajados, tais como Dr. João Coelho Brandão, Dr. José Coelho Brandão, Zita Maria Lustosa e o Deputado Estadual, Dr. Edson Lustosa Cantarelli, foram feitos os primeiros contatos com a Secretaria de Educação e o Conselho Estadual de Pernambuco, a fim de tratar da criação e autorização da Faculdade de Formação de Professores de Belém do São Francisco.

Em novembro de 1975, durante o mandato do prefeito Dr. José de Sá Roriz, através da Lei nº 04/75, publicada no D.O. de 13 de novembro de 1975, foi instituída a Autarquia Municipal Faculdade de Formação de Professores de Belém do São Francisco e, em 15 de março de 1976, sob a coordenação do prof. Dr. Alípio Lustosa de Carvalho, foi realizado o 1º vestibular para os cursos de Licenciatura Curta em Letras e Estudos Sociais da Faculdade de Formação de Professores de Belém do São Francisco – FAFORBE.

Os cursos da FAFORBE foram reconhecidos em 04 de setembro de 1984, através de Portaria Ministerial nº 377, publicada no Diário oficial da União, em 13 de setembro de 1984. Em 08 de dezembro do mesmo ano, a Autarquia passou a ser denominada Autarquia Belemita de Cultura, Desportos e Educação - ABCDE- sendo Dr. Alípio Lustosa eleito o primeiro presidente.

O propósito de criação de uma faculdade se deu pela percepção de que a batalha ao analfabetismo estava sob “controle”, mas, os membros da SAIJ entediam que para combater com mais efetividade a guerra contra o desconhecimento e a ignorância, seria necessário investir na formação de novos professores, oferecendo um curso superior de qualidade, isto é, seria preciso democratizar, ainda mais, o conhecimento.

Assim, a SAIJ se fez colaboradora desse projeto educacional, doando 8.000 (oito mil) livros para a biblioteca do CESVASF e cedendo, gratuitamente, durante 20 anos, suas instalações para o funcionamento dessa Faculdade de formação de professores que foi, sem dúvida, uma grande conquista para os sertões de Pernambuco, da Bahia e para algumas regiões do Ceará e de Alagoas.

Desta forma, há quase 50 anos, o CESVASF vem formando professores para a promoção do desenvolvimento e da transformação da realidade educacional desta região do semiárido nordestino.

Podemos, então, dizer que a realidade educacional de Belém do São Francisco contribuiu, de modo fundamental, para a melhoria da educação pública e privada da região, ao viabilizar a formação de grandes contingentes de professores, assegurando uma melhor qualidade do ensino básico.

É facilmente perceptível que a história da Sociedade Amigos da Instrução de Jatinã – SAIJ, também se confunde com a história do Prof. Alípio, pois a SAIJ foi fundada em 1948, por um “grupo de belemitas que cultivava a ideia de que o saber era (e é) a mais alta conquista do gênero humano e que somente a educação seria promotora do desenvolvimento cultural e socioeconômico dessa região nordestina”. Consequentemente, no seu primeiro Estatuto, a SAIJ elegeu enquanto objetivo principal: “apoiar ou executar programas, projetos, acordos e convênios de natureza educacional, cultural ou desportiva, destinados a todas as classes sociais do município”.

Em 1951, a SAIJ fundou, enquanto entidade mantenedora, a Escola Normal Nossa Senhora do Patrocínio, com curso de magistério, visando à formação de professores com a finalidade de combater o analfabetismo da região, possibilitando a criação de novas escolas, melhorando a qualidade do ensino e aumentando as zonas beneficiadas pela educação. Sequencialmente, criou o Ginásio Menino Deus, oportunizando, aos sertanejos e barranqueiros do submédio São Francisco, a conclusão do curso ginasial em Belém do São Francisco.

Assim, a SAIJ criou dois internatos: um feminino (Escola Normal Nossa Senhora do Patrocínio) e outro masculino (Ginásio Menino Deus).

De acordo com as necessidades e possibilidades da época, a SAIJ possibilitou a abertura de cursos como: Magistério (com o curso Normal Rural), Pedagógico, Científico e Contabilidade.

Nos anos 2000, a SAIJ passou a vislumbrar novos horizontes educativos, direcionando sua área de atuação para outros campos do conhecimento humano, uma vez que a população permaneceu carente de opções para a formação profissional em nível superior.

E, com o mesmo idealismo, a mesma garra e o mesmo espírito vanguardista da sua fundação, a SAIJ impõe hoje a bandeira da Faculdade de Ciências Exatas e Humanas do Sertão do São Francisco – FACESF, passando a oferecer cursos de bacharelado, iniciando com Direito, para atender à grande demanda regional de profissionais da área jurídica; posteriormente, passaram a ser ofertados os cursos de psicologia, enfermagem, nutrição e fisioterapia, com o escopo de atender à demanda regional, por melhoria na saúde física, mental e alimentar do sertanejo.

Assim, concretizou-se mais um triunfo da SAIJ, desse grupo de abnegados belemitas, que fazem da educação e do desenvolvimento regional e local o seu maior ideal. A SAIJ continua abrindo novos caminhos.

Dr. Alípio acreditava que a educação seria o principal caminho para a mudança da realidade local, marcada por esquecimento político, desigualdades, analfabetismo, pobreza e discriminação. O professor apreciava a educação como a solução para os problemas mais elementares da vida do sertanejo. Pretendendo garantir oportunidades a todos que o procuravam e demostravam interesse pelos estudos, a residência do Dr. Alípio tornou-se, assim, um “albergue” de estudantes vindos de diversos cantos da Bahia e de Pernambuco, sobretudo da zona rural do município, para realizarem seus estudos na pequena, mas já conhecida, Belém.

O legado de Dr. Alípio permanece vivo e sólido, a sua capacidade de transferir conhecimento, de compartilhar sentimentos, de influenciar pessoas, resultou na formação de diversas consciências iluminadas. A história de Dr. Alípio foi capaz de agrupar e inspirar seguidores, discípulos, educadores vocacionados que encontraram no seu ideal, fonte de inspiração capaz de permitir a continuação, a constante edificação de Belém do São Francisco, como verdadeiro celeiro de pensadores que ainda carregam a capacidade e a determinação de transformar vidas, através da Educação. É imperioso ressaltar palavras de educadoras, sobrinhas e devotas que tiveram a oportunidade de “beber na fonte” dos ideais de Mestre Alípio e o acompanharam em lutas e ensinamentos e compartilharam quotidianamente a sabedoria e a experiência do grande mestre.

Para a professora Tercina Maria Lustosa Barros Bezerra, Dr. Alípio Lustosa não idealizou ser “o único mestre, mas ver-se multiplicado em muitos outros, de forma crescente, tal como uma onda ao se atirar um objeto n’água. Pretende viabilizar, social e economicamente, sua pequenina Belém, acreditando que, sendo o homem sujeito de sua história, poderia reverter situações de atraso e subcondições existenciais”. “Do seu decanato, permanece acreditando na educação como estratégia fundamental ao desenvolvimento integral do ser humano e, este, interagindo no seu meio-ambiente econômico e cultural, torna-se capaz de promover maior justiça e equidade social”.

Assim também afirma a professora Maria Auxiliadora Lustosa Coelho (Dodora): “Na verdade, o mestre Alípio Lustosa de Carvalho pode ser considerado o apóstolo da educação neste sertão pernambucano. Casado com uma especial professora, fez do seu lar um recinto onde se respirava cultura. Notabilizou-se na ajuda aos pobres e desassistidos, cujos recursos não lhes davam direito à escola. Não media esforços para que todos tivessem direito à educação, pois entendia que educar uma criança/um jovem era dar-lhe direito a um processo de libertação não apenas social e econômica, mas também espiritual e moral”. "Assim, ao lado de outros idealistas e intelectuais como Edson Lustosa Cantarelli, João Coelho Brandão, José Coelho Brandão, irmãos, cunhados, sobrinhos e parentes, os amigos idealistas que amavam igualmente Belém (sem nominar para não esquecer nenhum) juntaram-se a outros professores e professoras dedicados/as para dedicarem-se ao grande projeto de tornar Belém do São Francisco um polo da educação na região do Submédio São Francisco. Desse modo, nunca sozinho, o grande mestre cumpriu sua missão de ‘iluminar consciências”.

Nesse sentido, impõe-se destacar que Dr. Alípio esculpiu o seguinte lema de vida: “Educar é iluminar consciências”.

LITERATURA

No âmbito da literatura, foi autor de diversos poemas, sempre buscando homenagear seus entes queridos e, através da poesia, também proporcionou ensinamentos, concedeu conselhos e acalentou tristezas, eternizando sua memória.

CULTURA

Na cultura, foi idealizador e membro fundador do Grêmio Lítero-Musico-Esportivo Tristão de Ataíde e da Associação Belém Cultural (importante ferramenta de fomento à música, principalmente, à filarmônica Dionon Pires, ao teatro Santa Cecília, à prática de esportes e de atividades recreativas).

DIREITO

Enquanto jurista, Dr. Alípio atuou como promotor de justiça por aproximadamente 25 anos (1951/1974) e tinha por lema: “abrir escolas é fechar prisões”. Era reconhecido pelos demais colegas e pela comunidade jurídica por sua oratória, eloquência e conhecimento apurado, pois tinha a linguagem poética que possibilitava uma forma de expressão distinta, amena e refinada. Suas ações, também, eram pautadas por ideais humanistas, de respeito ao próximo, de disciplina, solidariedade e espírito pacificador.

POLÍTICA

Enquanto homem público, foi eleito prefeito de Belém do São Francisco (Jatinã) em 1947, exercendo o mandato de 1948 a 1951, quando buscou implementar diversas políticas públicas de apoio e incentivo à educação, agricultura e urbanismo. Pautou sua campanha eleitoral sob o Lema: “Educar para crescer”, com slogan:” Guerra ao analfabetismo”.

Durante o mandato, assim como por toda a vida, sua maior preocupação sempre foi com a educação. Quando eleito, deparou-se com o município contando, apenas, com 06 professoras municipais, o que o fez logo aumentar o quadro de professores para 36 docentes, passando a atender, inclusive, a zona rural, ilhas e fazendas.

Dr. Alípio também demonstrou muita preocupação com a urbanização do seu município e, por isso, iniciou o calçamento da cidade com paralelepípedos e construiu os primeiros canteiros centrais, completando a arborização da Avenida Cel. Jerônimo Pires.

Foi também no seu mandato a reforma do mercado público do município, a construção do cemitério e o mercado público do distrito do Riacho Pequeno. Construiu, também, a estrada vicinal (36 km) que ligava a fazenda pedra vermelha à sede do município, a fim de facilitar o transporte de frutas vindas da Serra do Arapuá.

Dr. Alípio foi também o responsável pela construção das primeiras casas populares de Belém, dando início à Avenida Cel. Caribé, que ligaria o cais fluvial ao posto fiscal que ficava às margens da rodovia transnordestina, com o objetivo de facilitar o escoamento das produções vindas das ilhas.

Enquanto prefeito, também foi responsável pela ampliação do antigo cemitério e pela construção de gavetas mortuárias para garantir enterro digno aos pobres que, até então, eram enterrados no chão, muitas vezes sem qualquer identificação. Essas construções foram possibilitadas pela Confraria de São Vicente de Paulo de Jatinã (sociedade de fins caritativos para auxílio aos velhos desamparados e pobres necessitados, fornecendo-lhes remédios, alimentos e abrigos), da qual Dr. Alípio foi confrade.

AGRICULTURA

Na área agrícola, foi peça fundamental para a disseminação da ideia de fruticultura irrigada, financiando, através do município, a construção e instalação de diversas Roda de água, ao longo do Velho Chico (Rio São Francisco), recebendo, inclusive, voto de louvor da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Tal política de incentivo à fruticultura irrigada despertou o interesse e a atenção dos governos estadual e federal, que passaram a investir na ideia por toda região sanfranciscana, passando a financiar rodas d’água e motobombas para os ribeirinhos.

RELIGIÃO

Religioso por vocação, católico fervoroso, também foi grande incentivador de atividades religiosas e ajudou na edificação da Igreja Menino Deus, participando ativamente da construção do túmulo do Pe. Norberto Phalempin, importantíssimo pároco belemita, responsável por apresentar a ideia dos bonecos gigantes ao ilustre Gumercindo Pires, criador dos primeiros bonecos gigantes do Brasil animadores de carnaval, antecedendo aos Bonecos de Olinda.

Fontes/Referências:

BEZERRA, Tercina Maria Lustosa Barros. Uma comunidade mobilizada pelos símbolos da fé. Recife: Universidade de Pernambuco-UPE, 1998.

BEZERRA, Tercina Maria Lustosa Barros. Belém do São Francisco: educação, penitência e urbanismo. Belém do São Francisco: FACESF, 2016.

Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do São Francisco - FACESF. HISTÓRICO. Disponível em: < https://facesf.com.br/historico/ > FACESF. HISTÓRICO. Disponível em: < https://facesf.com.br/historico/ >. Acesso em: 14 de setembro de 2023.

FERRAZ, Michel Duarte. SAUDADES ETERNAS, SAUDADES ETÉREAS: O Caso De Tentativa De Preservação Do Patrimônio Cemiterial De Belém Do São Francisco-PE. Disponível em: < https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22564/1/Michel%20Duarte%20Ferraz.pdf >. Acesso em: 14 de setembro de 2023.

LEITE, Marlindo Pires; RORIZ, Maria Estelita Lustosa; COELHO, Maria Auxiliadora Lustosa. Belém: uma cidade no Vale do São Francisco. Recife: CEPE, 1993.

LUCENA, Zita Maria Lustosa de. Alípio, o educador poeta. Belém do São Francisco: [s.n] 2003 – 2ª edição.